A Polícia Militar de Meio Ambiente de Lavras identificou uma mulher suspeita de cometer crime de maus-tratos após abandonar um filhote de cão em via pública. A investigação começou após imagens do circuito de monitoramento de uma residência no bairro Cruzeiro do Sul flagrarem a ação.
A moradora da residência, que preferiu não se identificar, contou que ao chegar em casa por volta das 23h no dia 9 de setembro, encontrou um filhote de cachorro de porte pequeno e sem raça definida, abandonado em uma caixa de papelão, com uma sacola plástica envolta da cabeça. Ela imediatamente resgatou o animal e o levou para dentro de casa, onde já cuida de outros cães.
No dia seguinte, a moradora buscou informações sobre a possível origem do filhote e, ao analisar as imagens da câmera de segurança de uma vizinha, constatou que o animal foi abandonado pela suspeita, uma senhora moradora do mesmo bairro. As imagens mostravam a mulher deixando o cão em frente à residência dentro de uma caixa por volta das 23h do dia anterior.
Com base nas informações obtidas, a Polícia Militar de Meio Ambiente foi até a residência da suspeita, onde foi recebida pelo sobrinho dela. Ele explicou que o filhote havia seguido até a residência e, por não haver portão, o cão entrou no imóvel. O filho da suspeita, ao ver o filhote, sugeriu que o animal fosse deixado na casa da solicitante, por acreditar que ela já possuía outros filhotes e poderia ser a dona do cão. Ao tentar entregar o animal, a mulher não foi atendida, deixando a caixa na porta.
A suspeita foi enquadrada por maus-tratos conforme o artigo 32, parágrafo 1°, da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), e pela legislação estadual que define maus-tratos contra animais (Lei 22.231/2016). A pena para o crime pode variar de dois a cinco anos de reclusão, especialmente quando envolve cães ou gatos.
A ocorrência foi encaminhada para a autoridade de polícia judiciária local para providências cabíveis, visto que não houve flagrante. A Polícia Militar também lavrou um auto de infração em desfavor da suspeita, de acordo com o Decreto Estadual 47.383/2018.
O filhote permanece sob os cuidados da moradora que o resgatou, agora nomeada depositária fiel do animal.
Fonte: Polícia Militar do Meio Ambiente
